Entre mim e mim, muitos;
caminha em mim uma multidão.
Acordados ou não,
a confusão não cessa.

Mas mesmo que muito eu tropece,
na escuridão de ser,
essa floresta atravesso e sei
(e nunca me ensinei).

Ser é se perder de si, mas seguir sendo…

Nenhuma solidão está solta –
dentro de cada uma, há outras,
em elos que se entrelaçam
na cadeia de cada corpo.

Embora nem sempre em sintonia
nos dias que a noite tem,
essa floresta é minha,
à ela me entreguei.

Essa floresta atravesso e sei.

• Palavra morta

• Minha mãe morreu em Londres

• Bronzeador de beterraba

• Ruínas

• O nó da sina

• Um quarto em quatro luas

• Silêncios sem alicerce

• Navio de várias árvores

• Aula na praia

• Numa noite azul de insônia

• Periperi (Rua Frederico Costa, 6)

• Plutôt oiseau que pájaro

• 22 de junho de 1937

• O olhar vidrado da atriz

• As três cores de dois olhos

• Viver de vidros

• O verdadeiro dono

• A foz da fotossíntese

• Autorretrato (dezembro, 1965)

• Esconderijos em Papéis