A John

O céu sobre o oceano baixa asas azuis
e se mela do mar que amanhece em tua íris
ao abrires os olhos de manhã – só(sol) aos meus.

O verde que vem por trás me atrai ainda mais,
qual luar na floresta que o meu sonho atravessa,
no incêndio do sono, antes de virar cinzas.

O cinza me surpreende, pois não apaga, acende
a seiva da luz que trazes às trevas, quando estou triste,
iluminando o meu lago, parado de escuridão.

Nessa mistura de tons, tens esses olhos só teus,
um par de pedras mutantes, raro minério, mirante,
de onde mirando, te miro, admirando-te e em paz.

• Palavra morta

• Minha mãe morreu em Londres

• Bronzeador de beterraba

• Ruínas

• O nó da sina

• Um quarto em quatro luas

• Silêncios sem alicerce

• Navio de várias árvores

• Aula na praia

• Numa noite azul de insônia

• Periperi (Rua Frederico Costa, 6)

• Plutôt oiseau que pájaro

• 22 de junho de 1937

• Essa floresta atravesso e sei

• O olhar vidrado da atriz

• Viver de vidros

• O verdadeiro dono

• A foz da fotossíntese

• Autorretrato (dezembro, 1965)

• Esconderijos em Papéis